
Segundo o jornal, seus colegas fizeram um abaixo-assinado afirmando que o homem “nao fedia”. Nada obstante o mérito, ser demitido pelo cheiro é uma coisa que levaria, pelo menos no meu tempo de colégio, à demissão de um diretor que eu conheci. O sujeito fumava como uma chaminé e, pra piorar, gostava de uma branquinha.
Era batata: conversava em aula e era mandado para a direção pelas professoras. Às oito e quinze da manhã chegava eu na sala do diretor, ele já no 45° cigarro do dia e com aquele odor característico da canha.
A conversa era sempre das mais agradáveis, por motivos óbvios, e com um sorriso no rosto, dizia ele: “Pedrinho, pode conversar, mas conversa baixinho”. E lá ia ele acender outro cigarro no que estava quase chegando ao filtro. O diretor foi, após algum tempo, substituído e, ao que tudo indica, hoje já não está mais entre nós. De qualquer forma, se houvesse os rígidos critérios da prefeitura de Colônia à época, garanto que ele seria demitido no segundo, terceiro dia de trabalho.
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