quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Frase da semana
sábado, 7 de novembro de 2009
Expor e ser exposto
Do início ao fim foi um baile. Literalmente.
E foi exatamente isso que aconteceu.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
So easy
"Bolsa de pós-graduação em Berlim em novela da Globo
Entre uma bolsa de estudos na Alemanha e um pedido de casamento, com qual você ficaria? A personagem Tônia, interpretada por Marjorie Estiano, passou por esse dilema nos últimos capítulos da novela “Caminho das Índias”, de Glória Perez, na Rede Globo. A estudante de medicina recebeu a notícia de que ganhou uma bolsa de pós-graduação na Alemanha alguns dias depois de o namorado, o esquizofrênico Tarso (Bruno Gagliasso), a pedir em casamento. Em novela, o amor costuma ganhar todas. Já a caminho do aeroporto, a nova bolsista pede para o motorista do táxi parar e corre para os braços do amado. Na vida real, são raríssimos os selecionados que desistem de uma bolsa para estudar na Alemanha."
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Dois mil e nove anos
Click
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Noites Insones...
Espera-me uma insônia da largura dos astros, E um bocejo inútil do comprimento do mundo.
Não durmo; não posso ler quando acordo de noite, Não posso escrever quando acordo de noite, Não posso pensar quando acordo de noite — Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!
Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!
Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo, E o meu sentimento é um pensamento vazio. Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam — Todas aquelas de que me arrependo e me culpo; Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam — Todas aquelas de que me arrependo e me culpo; Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada, E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.
Não tenho força para ter energia para acender um cigarro. Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo. Lá fora há o silêncio dessa coisa toda. Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer, Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.
Estou escrevendo versos realmente simpáticos — Versos a dizer que não tenho nada que dizer, Versos a teimar em dizer isso, Versos, versos, versos, versos, versos... Tantos versos... E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!
Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir. Sou uma sensação sem pessoa correspondente, Uma abstração de autoconsciência sem de quê, Salvo o necessário para sentir consciência, Salvo — sei lá salvo o quê...
Não durmo. Não durmo. Não durmo. Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma! Que grande sono em tudo exceto no poder dormir!
Ó madrugada, tardas tanto... Vem... Vem, inutilmente, Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta... Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste, Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança, Segundo a velha literatura das sensações.
Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança. O meu cansaço entra pelo colchão dentro. Doem-me as costas de não estar deitado de lado. Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado. Vem, madrugada, chega!
Que horas são? Não sei. Não tenho energia para estender uma mão para o relógio, Não tenho energia para nada, para mais nada... Só para estes versos, escritos no dia seguinte. Sim, escritos no dia seguinte. Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.
Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora. Paz em toda a Natureza. A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras. Exatamente. A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras. Costuma dizer-se isto. A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece, Mas mesmo acordada a Humanidade esquece. Exatamente. Mas não durmo.
Alvaro de Campos (F.P.)quarta-feira, 28 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
Altruísmo, Caridade e Esmola com o próprio chapéu
Noticia o Tagesspiel de Berlin que um grupo de ricos, capiteneados por um médico alemão, resolveu fazer uma petição, a ser entregue para o Parlamento, no sentido de se criar um tributo sobre aqueles que tiverem mais de 500 mil euros em patrimônio. Segundo o autor da petição, (míseros) 5% sobre o patrimônio dos mais ricos poderia gerar uma receita extra para o Estado alemão que cobriria os buracos no orçamento. Segundo os dados do jornal, a Alemanha conta com mais de dois milhões e duzentas mil pessoas que se encaixariam no perfil e seriam tributadas, caso o novo tributo venha a ser criado e cobrado.
Até agora a petição tem (que surpresa!) 44 das possíveis 2,2 milhões de assinaturas. A pequena quantidade é nada mais do que óbvia. Um país cujo sistema tributário já é caótico, onde a tributação apenas pelo imposto de renda pode chegar – na faixa mais elevada - a 45% e cujos serviços públicos vão, paulatinamente, piorando de qualidade não tem grandes chances de emplacar um novo tributo sobre a propriedade dos ricos.
Fala-se, com estardalhaço, da “justiça social” desse tributo. Se os mais ricos têm mais patrimônio, logo devem pagar mais impostos. A afirmação é, em parte, verdadeira. Esquece-se, em grande medida, é que os ricos já pagam mais impostos do que os menos afortunados. Para cada euro em patrimônio, uma parte já é consumida por um tipo diferente de tributo. Obviamente que a idéia de se tributar os ricos não é nova. No Brasil, lembremos, houve a tentativa de se tributar as grandes fortunas. A previsão constitucional permanece lá (art. 153, VII CR/88). A lei complementar, mesmo em governos ditos de “esquerda” nunca foi aprovada. Roberto Campos , o maior liberal que o Brasil já teve, relata a sua tentativa de causar o menor mal possível, depois da apresentação de uma proposta quando ele ainda era senador. Para combater a “inevitável fuga das fortunas” ele apresentou emendas ao projeto de lei, criando um intrincadissimo sistema de deduções. Nas palavras do próprio (cito de cabeça, se estiver errado, peço perdão) “o capital é covarde como um cordeiro e veloz como uma lebre”.
De qualquer forma, as vantagens do um tal tributo não são tão claras. Com a mobilidade atual do patrimônio, há uma grande chance de que esses “ricos” com patrimônio simplesmente levem seus patrimônios a outras paragens, gerando ainda mais déficit para a economia local. Dentre tantos outros problemas, dois são os mais concretos: 1) um tributo dessa natureza desestimularia a poupança, mesmo em países como a Alemanha com forte tradição de poupadores, gerando efeitos negativos sobre o a capacidade de poupança e sua relação com o investimento e o desenvolvimento econômico e 2) o controle do que seria patrimônio acima de 500.000 euros seria extremamente complexo, com a necessidade de um considerável número de medidas para regulá-lo e fiscalizar a sua aplicação. O discurso contrário a um “imposto sobre o patrimonio dos ricos” obviamente soa antipático. Muito melhor é dizer “ricos paguem mais impostos!”. Nunca foi um dos meus objetivos ser simpático mesmo.
Mas, Pedrinho, como então se resolve o problema do orçamento alemão?! Com crescimento econômico, que gerará mais riqueza e, conseqüentemente, mais impostos serão arrecadados. Tributar os ricos é apenas a forma mais populista de aumentar (episodicamente) a arrecadação. Estranho, mesmo, é um dos ricos sugerindo a proposta. Será que ele quer aparecer? Querendo ou não aparecer, ele vai receber um e-mail meu. Se esse altruísmo todo for verdade, o meu orçamento no mês que vem será muito melhor!!!
(Na foto, o autor da proposta usando um charmoso [e caro!] cachecol vermelho: "Quem quer o me dinheiro?!, pergunta ele)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Nostradamus
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A felicidade
sábado, 17 de outubro de 2009
Cidade maravilhosa...
Guerra do tráfico mata 5, fere 8, queima ônibus e leva pânico a bairros do Rio.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Global Freezing

sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Profecia e Política
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Bêbado, não grite. Por favor!
Como todos sabem, cada cidade tem o seu "bobódromo". Aquela rua onde todos vão para ver e serem vistos. Aqui, a rua mais movimentada da cidade durante a noite, que leva o sugestivo nome de Rua de Baixo, dista 50 metros da minha rua, a Rua dos Três Reis Magos (pois é...). Boa parte das pessoas que saem das festas passa por aqui no seu caminho pra casa. A conseqüência (como sempre!) é inevitável: necessidades fisiológicas (número 1, na maioria das vezes) por toda a rua, gritos, berros, conversas, garrafas quebradas no chão, mais gritos e, ontem, uma briga de namorados (ambos com ‘o’ no final). Enfim, confusão mais confusão.
Os moradores resolveram se unir e mostrar sua indignação pendurando lençóis com inscrições infames: “Barulho, urina e sujeira fora!”; “Nós precisamos de sono”; “O centro histórico está sem futuro”. O meu (querido e insubstituível) locatário resolveu, para desespero dos compositores, fazer um péssimo trocadilho com uma conhecida canção e escreveu: “Eu perdi meu sono em Heidelberg”*.
A conseqüência direta foi que a rua ficou mais feia. No lugar de prédios históricos bem conservados, agora, sou obrigado a olhar para lençóis velhos e camisolas ridículas. Há, inclusive, uma ceroula (sim, sim) pendurada.
A segunda conseqüência foi indireta: pense no que se precisa fazer para que um bêbado não grite? Ficar em silêncio e torcer para que ele não grite, certo?! Pois então. E o que fazer para ele começar a gritar como um alucinado? Acertou quem disse: “pendurar lençóis e camisolas pedindo silêncio!” Todos os bêbados que antes deixavam apenas as suas “marcas de urina”, agora resolvem desejar um “bom sonho” aos moradores que querem dormir. Ontem mesmo, depois de acordar no meio da noite, escuto um: “Durmam bem, moradores que não conseguem dormir” gritado a todo pulmão. Aquilo não era um desejo altruístico, era uma declaração de guerra! Claro, a ironia do bêbado (muito provavelmente não intencional!) é, para dizer o mínimo, s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!!
Ironias e efeitos colaterais deixados de lado, hoje, quinta-feira, quero ver como será. Já estou com meus medos de que será mais uma noite com desejos de boa noite gritados à toda potência. Se for, tudo bem. Eu durmo mesmo assim. Fico com pena, mesmo, é das velhinhas que estão tendo que dormir sem as suas camisolas azul-bebê...
* A famosa canção diz: “Perdi meu coração em Heidelberg” e pode ser escutada, com fotos da cidade, aqui.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Quero ser proxeneta!
domingo, 4 de outubro de 2009
Gabriel Humbert Márquez
sábado, 3 de outubro de 2009
Maldição Olímpica
Deus é testemunha de que não tenho nada contra o esporte. Além de matar e morrer pelo Corinthians, gosto de ver as atletas da ginástica olímpica se estatelando contra o solo e até dou minhas corridinhas. De vez em quando, encaro os 42 km de uma maratona. Não é, portanto, por sedentarismo militante que dedico esta coluna a vilipendiar o Pan.
Minha preocupação é principalmente de ordem econômica. Em 2002, quando da candidatura do Rio de Janeiro a sede dos jogos, o Comitê Olímpico Brasileiro estimou o total de gastos em R$ 414 milhões (valores já corrigidos pela inflação), a maior parte bancada pela prefeitura. Cerca de 20% dos recursos viriam da iniciativa privada. Ao fim e ao cabo, a brincadeira saiu por R$ 3,7 bilhões, mais da metade proveniente das burras federais. Praticamente nada veio de empresas particulares.
Tudo bem. Obtivemos 54 medalhas de ouro, nossa melhor participação em Pans e quase superamos os comunistas ateus caribenhos. Com todo respeito aos atletas que se esforçaram para conseguir suas auricomendas, R$ 69 milhões para cada medalha dourada parece-me um preço exagerado.
Se tudo não passasse de incompetência para planejar eu não estaria sendo tão severo com os organizadores torneio continental. O meu receio é justamente o de que esse pessoal seja muito competente numa outra modalidade, que não está catalogada no rol olímpico, mas no Código Penal. Como explicar, por exemplo, que a reforma do Maracanã, orçada em 2005 em R$ 75 milhões, tenha consumido R$ 294 milhões? É mais que o suficiente para erguer novos e moderníssimos estádios. O de Leipzig, usado na Copa da Alemanha de 2006, saiu por R$ 244 milhões. O de Seogwipo, na Coréia do Sul, edificado para a Copa de 2002, ficou em R$ 203 milhões.
Se essa dinheirama pelo menos revertesse em ganhos permanentes para a cidade do Rio de Janeiro, eu não estaria sendo tão ranzinza. Não é, infelizmente, o caso. Dessa novela toda, só o que deverá ficar são alguns novos equipamentos esportivos e a vila olímpica, que ninguém sabe exatamente para que servirá. R$ 3,7 bilhões é um preço extorsivo para tão pouco. E que não venham as autoridades alegar que foram surpreendidas pelo baixo retorno. Economistas já até criaram o termo "maldição olímpica" para referir-se às cidades que despendem rios de dinheiro para sediar megacompetições esportivas e depois ficam a ver navios.
Se as autoridades tivessem um mínimo de respeito pelo contribuinte estariam fazendo tudo para evitar que o Brasil venha a ser escolhido para sediar a Copa de 2014 ou os Jogos Olímpicos de 2016. Aí, os R$ 3,7 bilhões agora torrados virariam uma brincadeira de crianças. [os gastos estimados para o Rio 2016 são da ordem de trinta bilhões de reais! Coloca mais os 25% da Lei de Licitações e bola pra frente...]
E, já que estou embalado nas críticas ao Pan, examinemos outros aspectos negativos do evento. Incomoda-me sobremaneira os incontidos brios nacionalistas que os jogos despertaram. Não estou, evidentemente, sugerindo que deveríamos torcer pela Argentina quando ela enfrenta o Brasil. Mas há uma diferença entre incentivar de forma saudável equipes e atletas do país e vaiar os competidores estrangeiros, o que viola o chamado espírito olímpico além de todas as regras da hospitalidade e da boa educação. A única vantagem desse comportamento é que ele torna mais remota a possibilidade de que o Rio de Janeiro venha um dia a sediar Jogos Olímpicos, pelo que os cofres públicos agradecem.
(...)
A África do Sul como metáfora do Brasil
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Leave the gun, take the cannoli

Es ist Deutschland hier
Tough call

quarta-feira, 23 de setembro de 2009
60 days later...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Aqui no povo é diferente e me falta o que eu lá tinha
domingo, 20 de setembro de 2009
Mas não basta pra ser livre

quarta-feira, 10 de junho de 2009
O céu vermelho e o fogo frio
domingo, 31 de maio de 2009
O rio da minha Aldeia
O Neckar é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Neckar não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Neckar não é o rio que corre pela minha aldeia.Há dias em que eu preferia estar somente ao pé do rio da minha 'aldeia'. (*) O original, do Fernando Pessoa (Alberto Caiero). Triha sonora: John Denver - Take me home, country roads.O Neckar tem grandes navios E navega nele ainda, Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Neckar desce da Floresta Negra E o Neckar entra no Reno. Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem. E por isso porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Neckar vai-se para o Mundo. Para além do Neckar há a França E a fortuna daqueles que a encontram. Ninguém nunca pensou no que há para além Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Auto-engano
"Aproveitar a vida"
As escolhas que eu fiz até agora nunca me ajudaram a 'aproveitar' a vida, pelo menos não do jeito que o senso comum acredita que seja a forma 'correta'. A piada que eu sempre faço é que em 50 anos, meus netos perguntarão para o "Vovô" o que ele fez na juventude e a resposta seria: "dos 7 aos 33 o vovô estudou". Querem vida menos 'aproveitada'?!
Claro que tudo que aconteceu na minha vida até agora foi uma conjunção de vários fatores, entre eles a sorte e a vontade de realizar planos e/ou sonhos que eu tenho há anos. Sempre tive o apoio das mais diferentes pessoas e, claro, apoio incondicional da minha extraordinária família. Engraçado que eles, que mais se preocupam comigo, nunca disseram para eu aproveitar a vida. A razão principal, até onde sei, é que lá em casa temos uma ética do trabalho muito forte. Coisas que Freud não explica, mas Max Weber(*) sim.
Quando alguém me diz que eu deveria estar aproveitando a vida, eu sempre fico pensando qual a melhor forma para fazer isso. Festas?! Praia?! Claro que eu adoraria estar com meus amigos e com a minha família, sentado num bar, tomando cerveja e comendo churrasco todos os finais de semana. Hoje tenho muito mais vontade de estar sentado na grama, na beira do rio, tomando uma cerveja e lendo um livrinho bobo qualquer, no lugar de estar trancafiado, lendo um manual (chatíssimo!) de direito constitucional. Isso, quer me parecer, é, no senso comum, aproveitar a vida ao máximo.
O grande problema, acredito, é que para ser realizado e, claro, tentar realizar alguma coisa(**) alguns sacrifício são necessários. Abandonar as pessoas queridas por algum tempo, abrir mão de alguns divertimentos e passatempos, ignorar as realizações instantâneas e, acima de tudo, sacrificar uma grande parcela da vida pessoal. Vale a pena?! Não sei... Mas é algo que, caso eu não fizesse, em cinquenta anos olharia para trás e me arrependeria de ter não ter aproveitado a minha vida para fazer!
Eu aproveito a vida?! Boa pergunta. Mas, em cinquenta anos, meu netos - tenho certeza - ouvirão outra resposta: 'O vovô aproveitou a vida da melhor forma que pôde'.
(*) Max Weber foi um dos pais da sociologia. e, além de ter estudado por aqui, virou professor de 'Economia' alguns anos mais tarde. Como todos sabemos, ele enveredou por outros caminhos, até chegar a sua magnum opus 'Economia e Sociedade'. A referência é ao sensacional "A ética protestante e o 'espírito' do capitalismo".
(**) Que fique muito claro: não tenho a pretensão de realizar nenhuma coisa grandiosa. O que me move, contudo, é a vontade de tentar realizar algo que possa, num micro-universo limitadíssimo, fazer alguma diferença.
sábado, 30 de maio de 2009
Virtus in medio constat honesta loco

terça-feira, 26 de maio de 2009
Precipitado
segunda-feira, 18 de maio de 2009
21 anos

A melhor
Writer's block
sábado, 9 de maio de 2009
Diferenças
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Testicular Cancer
Hoje a insônia me pegou.
Deitei, rolei pr'um lado, rolei pro outro e nada. Contei ovelhas, jacarés, pinguins e micos-leão-dourado. Até elefantes que não pulam eu fiz pular as mais altas cercas na tentativa de trazer o sono. Nada. Imaginei-me pulando uma cerca e, claro, enrosquei meu pé no arame farpado o que causou uma onda de excitação que levou o sono para outras paragens.
Estou eu aqui, 5.05 da manhã, ouvindo os primeiros pássaros e há 6 horas tentando dormir. Impossível. Inviável. Tentei ler. Nem um bocejo. Peguei um livro sabidamente ruim e de leitura complicada. O cérebro manda mais um pouco de adrenalina em virtude da complexidade do texto. Tomei um copo de leite. Um pequeno bocejo que, num átimo, se transforma em espirro. Mordo a língua. Xingo toda a evolução humana por não ter prescindido de uma língua e, ato contínuo, digo adeus à qualquer possibilidade de sono.
Agora, com um pouco de algodão na boca para estancar o sangue da língua, já preparo um chá e, mesmo que os olhos não aguentem, vou fazer um pouco de burocracia da pesquisa (olhar a bibliografia de outros livros e artigos e ver o que me interessa). Quem sabe, numa dessas noites insônes, eu não cruze pelo meu "Universo em Desencanto" que me traga a energia racional e ajude a começar com a tese. Na pior das hipóteses acho o endereço de um grupo de apoio para paciente com câncer de testículos. Na melhor, e com muita sorte, desmaio (sono, enfim!) em função da hipovolemia.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Frase do Dia
"Tanto pior para o direito positivo, caso ele não esteja de acordo com a teoria"G.-W. F. Hegel
terça-feira, 28 de abril de 2009
Resumo em 4 fatos (reais) e 1 (imaginário)

domingo, 26 de abril de 2009
Brasil-il-il

terça-feira, 21 de abril de 2009
Ô, Portuga!
OS LÍDERES PARLAMENTARES, em gesto de intocável beleza moral, resolveram nunca mais usar a palavra ‘autista’ para se sovarem na Assembleia. O ‘autismo’ é uma doença séria e o uso da palavra é um insulto para os ‘autistas’ e respectivas famílias. Nada a opor. O problema é que os delírios do pensamento politicamente correcto, quando começam, nunca mais acabam. E não se percebe como vão agir os nossos tribunos sempre que, no calor do debate, pretendam rebater intervenções ‘histéricas’, leis ‘cegas’ ou medidas governamentais ‘sem pernas para andar’. Eu, em nome da higiene verbal, evitava qualquer metáfora. E, em homenagem aos surdos-mudos, aconselhava os senhores deputados a trocarem a linguarem oral pela gestual, desde que isso não seja ofensivo para os manetas.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Roberto Goméz Bolaños
"Eduardo Galeano, Chávez? Sério? Não quer dar uma fitinha VHS do Chapolin, um LP do Agepê e um livro de poemas do Neruda, assim, só para complementar o pacto de mediocridade latino-americano? (com todo o respeito ao Chapolin, é claro)"